domingo, 15 de fevereiro de 2009

AMBIENTALISTA AGREDIDO

A nota abaixo foi publicada no site O ECO no dia 12 de fevereiro de 2009 no "salada verde".
Em março de 2007 fizemos uma entrevista com o biólogo Jorge Luiz Albuquerque (publicada posteriormente no blog da RPPN Rio das Lontras -
LEIA AQUI!) onde falamos sobre o projeto da multinacional Bunge em construir uma mineração de fosfato num dos remanescentes mais belos de Mata Atlântica em Santa Catarina.
A agressão relatada na nota do O ECO é um reflexo da ignorância e da mentalidade predominante das crias do capitalismo insano. Infelizmente o Governo do Estado de Santa Catarina caminha a passos largos contra as noções mais básicas de respeito à natureza e da "inteligência ambiental".



Ambientalista agredido em SC
Salada Verde

A briga entre a Bunge e ambientalistas de Santa Catarina que lutam para que a empresa de fertilizantes não inicie a extração de fostato nas serras de Anitápolis, município a 108 quilômetros de Florianópolis, está chegando às vias de fato. No último dia 5, durante terceira audiência-pública promovida pela Bunge, o ornitólogo Jorge Albuquerque foi agredido pelo caseiro de um dos diretores da empresa. Albuquerque só não se machucou porque duas outras pessoas seguraram o braço do agressor, que vinha pelas costas do ornitólogo, minimizando o impacto do golpe. Albuquerque teve de deixar a audiência escoltado por um policial militar.

Esta não é a primeira vez que o ambientalista é agredido. Durante a primeira audiência pública realizada pela multinacional, em 2007, o ornitólogo foi acertado na cabeça por um objeto de papel. “O que eles vão fazer da próxima vez? Me dar um tiro?” questiona-se. Segundo ele, houve vários momentos de tensão no encontro do dia 5. Os que se mostravam contra o empreendimento ou questionavam pontos do Estudo de Impacto Ambiental eram vaiados durante suas falas. O produtor de plantas medicinais Geraldo Silva Jardim foi perseguido ao final da reunião.

Contra a fosfateira pesam os fatos de que os dois lagos da mina devem alagar uma grande área que hoje abriga espécies ameaçadas de extinção, como a canela-preta (Ocotea catharinensis) e o gavião-real-falso (Morphnus guianensis). Também há risco de contaminação do rio Braço do Norte, de vazamento de enxofre e fosfato nas estradas que serão usadas para escoar os produtos e de desmoronamento da barragem dos lagos, já que a área é muito acidentada. Em favor do empreendimento, a Bunge argumenta que é necessário produzir mais fertilizantes para que não haja crise alimentícia.

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