terça-feira, 23 de abril de 2013

"DESCOBRINDO O PARAÍSO"

IHP e MMX lançam livro com coleção biológica e nova espécie de percevejo
 
 
 
Fonte: Assessoria de Imprensa IHP em 22 de Abril de 2013

 
A descoberta de uma nova espécie de percevejo, nunca antes cataloga pela ciência no planeta, é um dos destaques do livro Descobrindo o Paraíso - Aspectos Biológicos da Reserva Particular do Patrimônio Natural Engenheiro Eliezer Batista (RPPN-EEB), que será lançado pela parceria Instituto Homem Pantaneiro (IHP) e MMX no dia 2 de maio, às 19h, na Casa Vasquez & Filhos, no Porto Geral, em Corumbá.
 
O percevejo descoberto na RPPN-EEB, na Serra do Amolar, a 180 km a noroeste de Corumbá, levou o nome de Rhyparoclopius aokiae, em homenagem a uma das pesquisadoras, a bióloga Camila Aoki. "Acreditando na máxima ‘Conhecer para Preservar', busca-se, através desse documento, aumentar o conhecimento biológico para o Pantanal Sul-mato-grossense e auxiliar nas estratégias da conservação da diversidade biológica", afirma, na apresentação, o fundador e conselheiro do IHP, Angelo Cipriano Rabelo.
 
O estudo detalhado da composição de invertebrados, segundo Rabelo, é uma das maiores contribuições da publicação para a ciência. Mais de 1100 espécies foram catalogadas, com a inclusão de 19 novos registros de espécies para Mato Grosso do Sul. Em fase de identificação estão inseridas 11 novas espécies. "O fato que chama a atenção nos dados que esse livro traz é que, para a maior parte dos grupos estudados, esta é a primeira listagem para a região", prossegue Rabelo. "A ciência de estudos técnicos e científicos para a área reforça a recomendação do Ministério do Meio Ambiente: a necessidade de inventários sobre fauna e flora", acrescenta.
 
O livro deve se tornar uma das sensações do mercado editorial após o seu lançamento e distribuição. Será importante nas pesquisas de especialistas, professores e alunos, e vai ampliar os horizontes da coleção biológica com fins didáticos. "Este livro mostra os resultados de expedições de inventário biológico feitas à RPPN-EEB nas estações seca e chuvosa, quando foram estudados tanto a flora local como diversos grupos de invertebrados, sempre ofuscados pela fauna vertebrada carismática, mas de maneira alguma menos importantes", ressalta, no prefácio, o revisor técnico Fábio Olmos.
Trata-se de uma publicação realizada por meio da parceria, estabelecida desde 2008, entre o Instituto Homem Pantaneiro (IHP) e a empresa MMX para a gestão da RPPN Engenheiro Eliezer Batista, localizada na Serra do Amolar, uma das regiões de maior beleza cênica e biodiversidade dentro do bioma Pantanal. O livro traz na íntegra os resultados obtidos desde a primeira campanha, na estiagem de 2010.
 
Garantir o empenho nos esforços de conservação desta valiosa região do Pantanal é o compromisso da parceria IHP - MMX e que pode ser traduzido nas páginas dessa valiosa obra. "Mais de um sábio, ao longo da História, notou que uma das medidas da civilização de uma sociedade ou de indivíduos é a forma como trata a Natureza. A iniciativa de MMX caminha no rumo certo", conclui Fábio Olmos.



quarta-feira, 10 de abril de 2013

GOVERNO VENENO

 
Governo libera uso de agrotóxicos sem registro no País
 
AE - Agência Estado
Mesmo com dois pareceres técnicos contrários, o Ministério da Agricultura (Mapa) liberou o uso de um agrotóxico não registrado no País para combater emergencialmente uma praga nas lavouras de algodão e soja. A decisão, publicada anteontem no Diário Oficial, permite o uso de defensivos agrícolas que tenham em sua composição o benzoato de emamectina, substância que, por ser considerada tóxica para o sistema neurológico, teve seu registro negado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), em 2007.
 
O uso de agrotóxicos no País é norteado por pareceres do Comitê Técnico de Assessoramento para Agrotóxicos (CTA), formado por membros dos Ministérios da Agricultura e do Meio Ambiente e da Anvisa - os dois últimos são encarregados de avaliar os riscos do uso de defensivo para o meio ambiente e a saúde pública.Em março, diante da praga da lagarta quarentenária A-1 Helicoverpa armigera em lavouras do oeste da Bahia, representantes do Mapa solicitaram uma reunião extraordinária do CTA para a liberação do benzoato. A proposta era que o produto fosse usado emergencialmente até a safra 2014/2015.
 
No primeiro encontro, representantes do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e da Anvisa foram contrários à liberação. De acordo com a ata da reunião, a maioria do grupo afirmava que os documentos apresentados não permitiam tal liberação.Diante da negativa, o Mapa solicitou uma nova reunião, realizada cinco dias depois. Nesse encontro, tanto a Anvisa quanto o Ibama mantiveram sua posição: não havia elementos suficientes para que a liberação fosse realizada.
 
 
O Mapa, no entanto, decidiu liberar o uso do benzoato. De acordo com o ministério, não é a primeira vez que a Agricultura adota uma decisão unilateral. Em 1986, de acordo com a assessoria, também houve liberação de agrotóxicos para combater uma praga de gafanhoto.
 
Além do benzoato, outros cinco tiveram seu uso liberado para o combate à praga: dois produtos biológicos (Vírus VPN HzSNPV e Bacillus Thuringiensis) e três químicos (Clorantraniliprole, Clorfenapyr e Indoxacarbe). A diferença, no entanto, é que os cinco já têm registro no País para uso em outras lavouras.O uso do benzoato será regulamentado numa instrução normativa, seguindo as observações dos Ministérios do Meio Ambiente e da Saúde.


NOVA RPPN EM IPATINGA

 
IEF certifica fazenda como RPPN
 
Área de 51,38 hectares de mata atlântica está situada na APA Ipanema
 
IPATINGA – O município passou a contar com mais uma Reserva Particular do Patrimônio Natural (RPPN). A área de 51,38 hectares de mata atlântica preservada integra os 98 hectares de extensão da Fazenda Córrego da Bucaína, localizada na Área de Preservação Ambiental (APA) Ipanema, de propriedade do aposentado Isaías Nogueira Coelho, 66. O fazendeiro formalizou o pedido de criação da RPPN na agência Ipatinga do Instituto Estadual de Florestas (IEF), na sexta-feira (05).
 
Para alcançar o reconhecimento da referida área como RPPN, o proprietário da unidade de conservação ambiental contou com o apoio da prefeitura, da Emater-MG, da Associação de Proteção Ambiental da Bacia do Ribeirão Ipanema e do Conselho de Defesa do Meio Ambiente (Codema), cujos representantes presenciaram a entrega da documentação no IEF.
 
“Não vou cuidar dessa área para sempre. Com a criação da reserva, quero assegurar a proteção e a preservação da mata atlântica no local. O meu desejo é que esta área esteja ao alcance das futuras gerações do nosso município”, declarou Isaias Coelho sobre a área de RPPN, da qual 20% foi reconhecida como Reserva Legal há três anos.
 
Para o coordenador da Agência Avançada de Meio Ambiente de Ipatinga do IEF, Pedro Paulo da Silva Neto, a criação da RPPN é um compromisso do proprietário com o órgão governamental para proteção da área. “Uma vez reconhecida pelo IEF, a área é vistoriada periodicamente. Dessa forma, temos condições de proteger o local, conter incêndios, conservar os mananciais e desenvolver ações de proteção ambiental”, esclareceu.
 
Segundo o proprietário da Fazenda Córrego da Bucaína, são inúmeras as riquezas naturais presentes na área de preservação. Na lista estão três nascentes e espécies animais, como mono-carvoeiro, ou muriqui-do-sul; macaco-prego, sagui e esquilo, além de espécies vegetais, como o cedro, a braúna, o vinhático, a sapucaia e diversas árvores frutíferas.
 
A Fazenda Córrego da Bucaína é a segunda Reserva Particular de Patrimônio Natural de Ipatinga. Até a criação da RPPN do aposentado Isaías Coelho, o município possuía apenas a Fazenda do Zaca, localizada no Tribuna, reserva de mais de 17 hectares que integra o Centro de Educação Ambiental Portal da Mata Atlântica.
 
Ao reconhecer uma área de preservação ambiental como RPPN, todos os direitos e o domínio sobre a área são mantidos e o proprietário pode realizar pesquisas científicas e atividades de educação ambiental, além de abrir o local para visitação pública. Os principais benefícios ao se criar uma RPPN são: isenção do Imposto sobre a Propriedade Territorial Rural (ITR); redução do risco de invasões e ocupações irregulares; apoio dos órgãos governamentais para a fiscalização e proteção da área.
 
Fonte: Diário do Aço