sexta-feira, 29 de agosto de 2008

BIOPIRATARIA - CRIME HEDIONDO

Um casal de estrangeiros foi preso ao tentar embarcar no Aeroporto Internacional de Manaus (AM) com várias amostras de espécimes animais da Amazônia sem autorização. Os dois foram presos sob a acusação de biopirataria. Na foto, o perito criminal da Polícia Federal (PF) mostra material apreendido Ney Mendes/A Crítica/AE - Fonte: UOL


A biopirataria é o desvio ilegal das riquezas naturais (flora, águas e fauna) e do conhecimento das populações tradicionais sobre a utilização dos mesmos. É um mal que abate e enfraquece cada vez mais o nosso país e que termina ignorando sua soberania territorial, incluindo-se a perda de um imprescindível patrimônio genético e biosférico, ainda longe de ser mensurável do ponto de vista econômico, mas que já é explorado pela ganância internacional.

Em vários lugares do país, em especial na Amazônia, pesquisadores estrangeiros desembarcam com vistos de turista, entram na floresta, infiltrando-se em comunidades tradicionais ou em áreas indígenas. Tomam assim conhecimento de diferentes espécies vegetais ou animais, coletam exemplares e descobrem, com o auxílio dos povos habitantes da floresta, seus usos a aplicações para as indústrias de remédios ou de cosméticos. Após obterem informações valiosas, voltam para seus países contrabandeando as espécies e os conhecimentos das populações nativas para isolarem os princípios ativos.

A biodiversidade passa de um bem comum local para uma propriedade privada. Torna-se negócio de multinacionais, com patentes que protegem e legaliza o roubo, a apropriação indevida, desonesta e imoral!

Ao ser descoberto o princípio ativo, registram uma patente, que lhes dá o direito de receber um valor a cada vez que aquele produto for comercializado. Vendem o produto para o mundo todo e até mesmo para o próprio país de origem, cujas comunidades tradicionais já tinham o conhecimento da sua utilização.

Deve haver leis cada vez mais rigorosas para esse crime hediondo, pois cria a riqueza de poucos e gera a miséria de muitos. A punição deve ser exemplar!

Fonte pesquisada: Ambiente Brasil

terça-feira, 26 de agosto de 2008

COBRA PÍTON MATA ESTUDANTE

A cobra píton, que tem cerca de 30 quilos e matou o estudante


Cobra mata estudante no zoológico de Caracas

Da Redação - Em São Paulo

Um estudante que trabalhava em um zoológico em Caracas, na Venezuela, foi morto por uma cobra de mais de três metros de comprimento e 30 quilos, no último sábado (23). O administrador do zoológico Parque del Este disse que o estudante Erick Arrieta, de 29 anos, não tomou as precauções necessárias e violou orientações de segurança ao entrar na cova da cobra durante o turno da madrugada.

A píton asiática picou o estudante e em seguida enrolou-se no corpo dele, sufocando-o. Os colegas de trabalho só descobriram o incidente no dia seguinte, quando a cobra tentava devorar o corpo de Arrieta. Segundo o jornal venezuelano "El Universal", Arrieta havia dito a colegas que pretendia "domesticar" o animal. "Esse animal eu domino, vão ver logo", teria dito Arrieta em diversas ocasiões.

Estudante do último ano de biologia, ele trabalhava no zoológico desde 1999 tirando fotos dos visitantes com as espécies exibidas. De acordo com o jornal, nem toda a experiência que tinha impediu Arrieta de cometer a imprudência ao entrar sozinho no local onde ficava a píton da Birmânia.

A investigação policial indica que a vítima tinha um interesse especial pelo animal que está há dois meses no zoológico e ainda não foi colocado em exibição. De acordo com o "El Universal", a polícia acredita que Arrieta entrou sem roupa na jaula e foi atacado.

No entanto, de acordo com o diretor do serpentário, Saúl Gutiérrez, Arrieta não era autorizado a manipular os animais e errou ao fazê-lo sem usar as ferramentas adequadas. "Ele não mediu os riscos", disse Gutiérrez.

A píton da Birmânia é um animal exótico comum na Ásia. Segundo o diretor do parque, Javier Hernández, o incidente é inédito e apenas aconteceu devido à violação das regras. "O jovem subestimou o instinto do animal", disse Hernández ao "El Universal".

A cobra foi doada ao parque por usuários do parque Ávila, que a encontraram na montanha. É comum turistas trazerem filhotes de cobras de países asiáticos como souvenirs, para depois jogá-los em regiões de montanhas, explicou Hernández. Esse tipo de animal não costuma atacar seres humanos, a menos quando ameaçados.

Fonte: UOL Notícias

quinta-feira, 14 de agosto de 2008

A sexta extinção das espécies ainda pode ser evitada

O futuro da biodiversidade nos próximos 10 milhões de anos será determinado pelo que acontecer nos próximos 50 anos!


A sexta extinção das espécies ainda pode ser evitada

Christiane Galus

A espécie humana, que já conta 6,7 bilhões de indivíduos, modificou de tal maneira seu meio ambiente que, nesta fase atual da sua história, ela já começou a atingir gravemente a biodiversidade das espécies terrestres e marinhas, e, no médio prazo, já está ameaçando a sua própria sobrevivência. A tal ponto que um número cada vez maior de cientistas não hesita a falar de uma sexta extinção, que será provocada pelas importantes alterações introduzidas pelo ser humano na natureza e no meio ambiente. Esta nova extinção deverá se suceder às cinco precedentes, que estabeleceram o ritmo da vida na Terra.

A União Internacional para a Conservação da Natureza (UICN), com sede na Suíça, que desenvolve estudos sobre 41.415 espécies (de um total de cerca de 1,75 milhão conhecidas) para elaborar sua lista vermelha anual, avalia que 16.306 dentre elas estão ameaçadas. Ou seja, um mamífero em cada quatro, uma ave em cada oito, um terço de todos os anfíbios e 70% de todas as plantas estudadas estão correndo perigo, segundo a UICN.

Será ainda possível frear esse declínio das espécies, que corre o risco de ampliar-se quando o nosso planeta atingir 9,3 bilhões de humanos em 2050? Os biólogos americanos Paul Ehrlich e Robert Pringle (da universidade Stanford, na Califórnia) acreditam que isso seja possível, com a condição de que diversas medidas radicais sejam tomadas no plano mundial. Eles apresentam essas medidas num relatório publicado em 12 de agosto na revista especializada americana "Proceedings of The National Academy Of Sciences" (PNAS - Minutas da Academia Nacional de Ciências), numa edição que dedica um dossiê especial à sexta extinção.

Em preâmbulo, os dois pesquisadores não hesitam a declarar que "o futuro da biodiversidade no decorrer dos próximos 10 milhões de anos será certamente determinado pelo que acontecerá nos próximos 50 a 100 anos que estão por vir, em função da atividade de uma única espécie, o Homo sapiens, que tem apenas 200.000 anos de existência". Se considerarmos que as espécies de mamíferos - às quais nós pertencemos - têm uma vida útil de um milhão de anos em média, isso coloca o Homo sapiens em meados da sua adolescência. Este "adolescente" mal-criado, "um narcisista que pressupõe a sua própria imortalidade, andou maltratando o ecossistema que o criou e o mantém em vida, sem preocupar-se com as conseqüências dos seus atos", acrescentam severamente Paul Ehrlich e Robert Pringle.



Consumo excessivo

Segundo os dois cientistas, é preciso insuflar uma mudança de mentalidade profunda, de maneira que a humanidade enxergue a natureza com outros olhos. Isso porque "a idéia segundo a qual o crescimento econômico é independente da saúde do meio ambiente e que a humanidade pode expandir indefinidamente sua economia é uma perigosa ilusão", afirmam Ehrlich e Pringle. Para enfrentar esta perda de rumo, é preciso começar controlando o ritmo da expansão demográfica e diminuindo nosso consumo excessivo dos recursos naturais, dos quais uma boa parte serve para saciar gostos supérfluos e não para as necessidades fundamentais. Por exemplo, a piscicultura e a avicultura são atividades menos onerosas em termos de transportes e de consumo de combustível, do que a criação dos porcos e dos bois, dois animais reunidos no sacrossanto cheeseburger com bacon...

Os autores do estudo propõem um outro ângulo de ataque: os serviços oferecidos pela biosfera são numerosos e gratuitos. Ela fornece as matérias-primas; os sistemas naturais de filtração das águas; a estocagem do carbono pelas florestas; a prevenção da erosão e das inundações pela vegetação, além da polinização das plantas por vários tipos de insetos e de pássaros. Por si só, esta última atividade movimenta cerca de US$ 1,5 bilhão (cerca de R$ 2,4 bilhões) nos Estados Unidos. Com isso, seria extremamente necessário avaliar os custos dos serviços oferecidos pela natureza e incluí-los nos cálculos econômicos, de tal modo que se possa garantir sua proteção.

Para financiar o desenvolvimento das áreas protegidas, cujo número é insuficiente e que são excessivamente parceladas, Paul Ehrlich e Robert Pringle propõem que se recorra a fundações privadas dedicadas à conservação. Esta solução apresenta a vantagem de ser menos custosa para os contribuintes e permite gerar quantias importantes. Na Costa Rica, um fundo desse tipo, o Paz Con La Naturaleza, arrecadou US$ 500 milhões (cerca de R$ 800 milhões), quantia esta que servirá para financiar o sistema de conservação do país. É possível igualmente associar de maneira mais estreita pastores e agricultores nas tarefas de preservação da biodiversidade, evitando impor-lhes decisões em relação às quais eles não têm nenhum poder de controle, e com a condição de que a sua fonte de renda seja preservada. Esse processo deve ser viabilizado por meio de explicações e de uma melhor educação neste campo. Contudo, nada impede que esforços também sejam empenhados na restauração das áreas onde o habitat foi deteriorado.

Entretanto, os dois pesquisadores se dizem preocupados diante do divórcio crescente, nos países industrializados, entre a população e a natureza, divórcio esse gerado pela utilização intensiva da multimídia. Eles constatam que, "nos Estados Unidos, a expansão das mídias eletrônicas coincidiu com uma diminuição importante das visitas nos parques nacionais, depois de um crescimento ininterrupto que durou cinqüenta anos". Além disso, ao que tudo indica, fenômenos similares andaram ocorrendo em outros países desenvolvidos. Diante dessa tendência, mostrando com isso que eles também têm um senso inegável do que é oportuno, Paul Ehrlich e Robert Pringle propõem que se acrescente uma dimensão ecológica aos universos virtuais mais conhecidos, tais como o Second Life.



O FIM DO MUNDO?

Os primórdios da vida remontam a 3,7 bilhões de anos. Mas foi preciso esperar até a explosão do período cambriano, há 500 milhões de anos (Ma), para que apareçam os primeiros organismos marinhos complexos. A partir dessa data, cinco grandes extinções ocorreram.

A PRIMEIRA, HÁ 440 MA, fez desaparecerem 65% das espécies, todas elas marinhas.
Glaciações importantes, seguidas por um forte aquecimento teriam provocado grandes flutuações dos níveis marinhos.

A SEGUNDA, HÁ 380 MA, provocou a morte de 72% das espécies, em sua maior parte espécies marinhas. A catástrofe teria ocorrido devido a um esfriamento global que se sucedeu à queda de vários meteoritos.

A TERCEIRA, HÁ 250 MA, foi tão importante que a vida por pouco não conseguiu renascer. Segundo estimativas, 90% de todas as espécies (marinhas e terrestres) desapareceram. As causas dessa catástrofe até hoje vêm sendo debatidas, mas, acredita-se que imensas massas de lava em fusão que arrebentaram na Sibéria, possivelmente provocadas pela queda de um asteróide, alteraram profundamente o clima e diminuíram o oxigênio, o qual se dissolveu na água dos mares.

A QUARTA, HÁ 200 MA, é associada à abertura do oceano Atlântico e ao surgimento de importantes massas de lava em fusão que aqueceram o clima. 65% das espécies desapareceram.

A QUINTA, HÁ 65 MA, é a mais conhecida, uma vez que ela é associada ao desaparecimento dos dinossauros e de 62% das espécies. Entre as causas apresentadas estão a queda de um asteróide no golfo do México e o surgimento de importantes massas de lava em fusão na Índia.

MAIS PERTO DA NOSSA ÉPOCA, NO DECORRER DE UM PERÍODO QUE VAI DE 50.000 A 3.000 ANOS, antes dos nossos dias, a metade das espécies dos grandes mamíferos que pesavam mais de 44 kg desapareceu. Alguns pesquisadores incriminam principalmente o homem e consideram que a sexta extinção, aquela que é provocada pela ação do Homo sapiens, já começou.

Fonte: Le Monde

segunda-feira, 11 de agosto de 2008

LULA, MINC E AS USINAS NUCLEARES

Lula, Minc e Gabeira em um protesto contra as Usinas Nucleares de Angra num dia qualquer de 1989. Parece que desses três só o então atual candidato a Governador do Rio de Janeiro Fernando Gabeira continua coerente com a opinião daquela época. Ou não?

Como são as coisas. O Presidente Lula que já fez protestos com seu atual Ministro do Meio Ambiente Carlos Minc contra a construção de Angra III, agora entra para a história como o responsável pela reativação do questionável programa nuclear brasileiro.
A foto e texto abaixo foram publicadas no ótimo blog da Folha
CIÊNCIA EM DIA do jornalista Marcelo Leite.


Angra-3 e a metamorfose ambulante

Ninguém está obrigado a gostar de Raul Seixas a vida inteira, claro, nem a ser contra os transgênicos, contra a transposição do rio São Francisco ou contra a usina nuclear de Angra-3. Eu mesmo me divirto ouvindo as canções do roqueiro baiano e não morro de medo dos organismos geneticamente modificados, mas tenho sérias dúvidas sobre a transposição e as usinas termelétricas atômicas.

A julgar pela foto acima, enviada pelo incansável Roberto Smeraldi, quem exagera na "metamorfose ambulante" é Lula, nosso presidente. Como cita com freqüência a música homônima de Seixas, conclui-se que o ex-parceiro de Paulo Coelho é o único que ainda escapou do realismo governista (ou seria autocrítica de resultados?) do transpresidente.

Depois de rever posição sobre transgênicos e transposição, Lula já chamou usineiros de heróis, defendeu o desmatamento na Amazônia como exercício de soberania. E vai entrar para a história como o presidente que reativou o programa nuclear, completando a usina de Angra-3 e lançando a pedra fundamental de pelo menos mais quatro centrais termonucleares.

Como disse de início, tudo bem mudar de idéia. Nem por isso deixa de ser irônica a imagem da foto, uma passeata realizada em 1989 contra... Angra-3. Aquele de barba preta, à esquerda (sempre), é Lula, claro. O segundo da direita para a esquerda, com a camiseta espalhafatosa e a boca aberta para falar (sempre), é o atual ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, cuja primeira grande obra no governo depois de suceder Marina Silva foi ultimar a licença provisória de Angra-3, como seu mestre mandou (embora seja radicalmente contra - sempre). À sua direita (sempre), Fernando Gabeira, candidato a prefeito do Rio. Entre eles, de bigode (sempre), Jorge Bittar, e um ex-prefeito petista de Angra dos Reis, Neirobis.

Quase duas décadas depois, Lula e Minc começam a tirar Angra-3 do papel. Nada contra, pois têm autoridade e investidura para isso. Acho até uma grande idéia surfar a inevitabilidade da construção da central para extrair do governo o compromisso de, finalmente, providenciar um local para deposição permanente (o que não quer dizer definitiva nem final) dos rejeitos radiativos das usinas nucleares brasileiras, hoje provisoriamente acondicionados em tambores e piscinas. Se Marta Suplicy se tornou a ministra do relaxa-e-goza, quem sabe Minc não se transformará no ministro do relaxa-e-arranca?

Os manifestantes de 1989 provavelmente ririam do "compromisso" ora assumido. Se nem o local foi ainda escolhido, é piada acreditar que a construção do depósito comece antes de Angra-3 terminar.

Primeiro, porque ninguém combinou direito com os russos, quer dizer, com a Cnen (Comissão Nacional de Energia Nuclear), responsável legal pela deposição. O presidente da Cnen, Odair Gonçalves, já lançou água fria no fervor licenciatório do empreendimento Lulaminc (Licenciamento Urgente para Lula, Amigos e Maganos, Inc.) avisando que não dá para fazer projeto sem saber nem quanto combustível terá de ser armazenado. E, na hora em que o local for escolhido, a população, movimentos sociais e o Ministério Público entrarão em ação - para não falar da necessida de licenciar a própria obra do depósito pelo... Ibama.

Para completar a metamorfose, só falta Lula ressuscitar o colar de hidrelétricas no rio Xingu, a montante de Belo Monte. Aquelas que os empreendedores dentro e fora de seu governo hoje juram de pés juntos que não serão necessárias.


Fonte: Blog Ciência Hoje - Marcelo Leite

sábado, 2 de agosto de 2008

Ursos matam e comem dois homens

Aqui no Brasil, em Cáceres, no Pantanal mato-grossense duas ONÇAS MATAM PESCADOR.
Agora leio que ursos-pardo, um dos maiores predadores do planeta, atacaram e mataram dois homens na Rússia.

E antes que alguém fale do "perigo" dos animais selvagens, vale realçar que quanto mais diminuirem os habitats naturais do planeta, mais casos como esses vão ocorrer.



Urso-pardo-de-Kamtchatka (Ursus arctos beringianus) é um dos maiores predadores do mundo; macho pode chegar a três metros /Reprodução


Ursos matam e comem dois homens na Rússia
da Efe, em Moscou

Um grupo de ursos que procurava comida matou e comeu dois homens na terça-feira (22) em uma zona mineradora na península de Kamtchatka, ao leste da Rússia, onde trabalham centenas de geólogos e mineradores.

O grupo de cerca de 30 ursos-pardos-de-kamtchatka se aproximou de duas minas de uma companhia mineradora local de platina, matou e comeu dois vigias, informou a agência de notícias Itar-Tass.

O urso-pardo-de-kamtchatka é um dos maiores predadores do mundo. O macho pode medir até três metros e pesar quase 700 quilos.

Cerca de 400 trabalhadores dessas companhias não quiseram retornar às minas por temer o ataque dos ursos, cuja população é estimada em 16 mil.

Fonte: Folha Online