quarta-feira, 30 de julho de 2008

Johnny Depp - "astro verde"

Louvável a preocupação ecológica do ator Johnny Depp, mas me parece um tanto exagerado gastar meio milhão de dólares em um sistema de energia solar. Aparentemente ele acertou o remédio e errou na dose.



Johnny Depp gasta US$ 500 mil para tornar casa ecológica

Preocupado com o meio ambiente, o ator instalou sistema de energia solar em sua residência

Johnny Depp mostrou que dinheiro não é problema na hora de demonstrar sua preocupação com a natureza, informou o site “Female First” nesta sexta-feira (25).

Segundo o site, o ator gastou cerca de US$ 500 mil para instalar um sistema de energia solar em sua casa em uma ilha particular nas Bahamas.

Não é a primeira vez que o astro de “Piratas do Caribe” demonstra seu engajamento ecológico. Em junho, ele recebeu o título de “astro verde” durante evento da Disney que premiou personalidades preocupadas com o meio ambiente.

Fonte: Quem Online

Aquecimento global: degelo preocupante


Calota de gelo de 20 km quadrados se solta no Canadá

Da BBC Brasil
Um grande pedaço da calota de gelo do Ártico se desprendeu da costa do norte do Canadá, segundo cientistas canadenses.

Fotos de satélite mostram que o pedaço tem cerca de 20 quilômetros quadrados e se separou da Ilha Ellesmere. Este seria o maior pedaço da calota de gelo a se desprender na região desde que um pedaço de 60 quilômetros quadrados se desprendeu em 2005.

O pólo norte está novamente passando por um recuo rápido do gelo neste ano. Mudanças dramáticas estão ocorrendo na região e afetam o gelo no mar aberto e o que está preso à costa.

Rompimentos
Os cientistas, viajando com as Forças Armadas do Canadá, visitaram a área recentemente e descobriram novos rompimentos no gelo que se estendiam por mais de 16 quilômetros.

Junto à ilha Ellesmere ficava uma calota de gelo gigante que cobria quase 10 mil quilômetros quadrados.
Agora esta área de gelo recuou e se transformou em calotas menores que, juntas, cobrem pouco menos de mil quilômetros quadrados.

Com 440 quilômetros quadrados de tamanho e 40 metros de espessura, a Calota de Gelo Ward Hunt (WHIS, na sigla em inglês), de onde se desprendeu este último pedaço, é a maior calota de gelo remanescente da região.

Cientistas estudam a área, pois a região pode fornecer informações sobre o histórico do Ártico.

O processo de datação por radiocarbono é usado na madeira que ficou presa no gelo, no Fiorde Disraeli, e mostrou que a calota está na região por pelo menos 3 mil anos.

Mas, uma análise dos registros sugere que desde o início do século 20 o gelo que forma a Calota de Gelo Ward Hunt teve um recuo de cerca de 90%.

Mecanismo
Os pesquisadores acreditam que o mecanismo que manteve a estabilidade da Calota de Gelo Ward Hunt - água fresca saindo do Fiorde Disraeli e congelando debaixo da calota - pode ter sido prejudicado.

Se isto for constatado, o que restou da WHIS poderá desaparecer rapidamente.

A perda do gelo no Ártico tem implicações globais. O "guarda-sol" branco no topo do planeta reflete a energia do Sol diretamente para o espaço, ajudando a refrescar a Terra.

Maiores perdas do gelo do Ártico farão com que a radiação absorvida pela água do mar, mais escura, e pela terra sem a camada de gelo, possa esquentar o clima na Terra em uma taxa ainda mais rápida do que os dados atuais indicam.

Além disto, como ocorreu em 2005, as autoridades também terão que monitorar este novo pedaço de gelo que se desprendeu. Seu tamanho pode significar perigo para a navegação.
Fonte: UOL Ciência

Vizinho corta a árvore da atriz Arlete Salles

Vizinho - no mínimo indelicado - ataca árvore plantada pela atriz Arlete Salles.
Mesmo que ele tivesse motivos para solicitar uma poda, não tinha o direito de fazer o que fez.
E ele pode alegar quantas vezes quiser que trabalhou com o paisagista Burle Marx que não vai modificar sua deselegância.
O que parece mesmo é que faltou bom senso para resolver a questão.


Arlete Salles vai à Justiça contra vizinho que cortou árvore plantada por ela

Ela diz que foi surpreendida por 'gesto cruel' na sexta-feira (25). Atriz registrou o caso na 15ª DP e quer processar vizinho por danos morais.

Cláudia Loureiro
Do G1, no Rio


A espécie é conhecida como pata-de-vaca (Foto: Alice Assumpção / G1)

A atriz Arlete Salles está desolada. Depois de se surpreender com a atitude de um vizinho que, sem comunicar, cortou os galhos de uma árvore que a atriz plantou há dois anos em frente a sua casa, na Gávea, Zona Sul, ela quer agora punição. A notícia foi publicada na coluna de Ancelmo Gois nesta terça-feira (29).

Depois de fazer o registro do caso na 15ª DP (Gávea), a atriz quer entrar com um processo por danos morais contra o vizinho. “Eu mesmo plantei na calçada da minha casa e fui acompanhando o crescimento dela, que hoje está parcialmente destruída. Na sexta-feira (25), fui surpreendida por esse gesto cruel. Ele me desrespeitou, além de me atingir financeiramente porque gastei muito dinheiro com essa árvore”, diz.

Em entrevista ao G1 nesta terça-feira (29), a atriz falou também que procurou a Fundação Parques e Jardins para denunciar o caso. “Vou defender e vou lutar pela punição”, completou.

'Fui desrespeitada', diz atriz


Arlete Salles está no seriado "Toma Lá, dá cá" (Foto: Willian Andrade / Divulgação)

A atriz, que tem outras árvores no jardim de casa, diz que plantou a espécie, uma pata-de-vaca, na melhor das intenções. “Plantei do lado de fora para beneficiar a todos. Estou me sentido desrespeitada. Chorei muito. Tive um fim de semana péssimo”, desabafa.

Arlete, que faz a Copélia do seriado "Toma lá, dá cá", diz que não entende o vizinho. “Não sei por que ele fez isso. Mesmo se o atingisse, qual era a atitude dele? Me procurar e falar do desagrado. O que não está certo é ele pegar o facão, ou melhor, o empregado dele, a pedido dele, pegar o facão e cortar a árvore”, lamenta.

Segundo ela, mesmo após o registro na delegacia, o vizinho não a procurou para se explicar. “Ele não me procurou e a minha advogada me proíbe de falar com ele. Acho também que não tem mais conversa. O caso já está entregue às pessoas competentes. Agora seria uma lamentável discussão”, diz desolada com a atitude.


Árvore está 'muito frágil', segundo a atriz (Foto: Alice Assumpção / G1)

Arlete conta que o mesmo vizinho já tinha causado problema em outra situação. “Ele (o vizinho) aluga a casa e a pessoa que estava se mudando já tinha dado uma trombada na árvore. O carro de mudança bateu nela e eu não disse nada, não comuniquei nada, só chamei o jardineiro.”

A preocupação da atriz é tentar salvar a espécie. “Ele fez muito mal a planta porque é o corte de uma pessoa que não tem nenhum conhecimento de paisagismo. Ela está muito frágil, mas o meu jardineiro já fez um corte correto para tentar salvá-la.”

A primeira vitória Arlete já conseguiu. “O importante é que não fique a impunidade. E ele não vai se dar bem porque a árvore continua de pé”, fala esperançosa.

Procurada pelo G1, a delegada da 15ª DP foi não localizada para comentar o caso.


O outro lado:

'Podei em benefício de todos', diz vizinho de Arlete Salles

Dono da casa ao lado, Leonardo Musafir mandou cortar a árvore da atriz.
Arquiteto conta que galhos quase danificaram carro e ainda há risco de acidentes.
Alícia Uchôa
Do g1, no Rio



Vizinho da atriz diz que árvore pode danificar o carro (Foto: Alícia Uchôa / G1)

Vizinho de porta da atriz Arlette Salles, o arquiteto Leonardo Musafir ficou surpreso com o processo que corre na Justiça por ter mandado podar a árvore da calçada, a menos de cinco metros de sua casa, na Gávea, Zona Sul do Rio. Revoltada com o corte de dois galhos da planta que cuida há anos, a atriz registrou queixa contra ele na delegacia do bairro.

"Fiz um benefício para todos. Tive a sorte de não ter tido o carro danificado. Ela não tem esses direito. Se fosse qualquer outra pessoa iria ao Parques e Jardins, que ia orientar o tratamento correto para que a árvore não crescesse nessa direção. Já bati várias vezes com a cabeça nesse galho e outras pessoas ainda podem bater", conta Leonardo, de 82 anos, que já trabalhou com o paisagista Burle Marx.

Leonardo diz que compareceu à 15ª DP (Gávea) na terça-feira (29) para prestar esclarecimentos. "Ela está ficando esclerosada", disparou o arquiteto, que afirma já ter conseguido apoio de vizinhos e vai contratar uma perícia para analisar o crescimento e a poda da árvore.

Atriz está desolada

Em entrevista ao G1 na terça-feira (29), a atriz falou que ficou desolada com a atitude do vizinho que, sem comunicar, cortou os galhos da árvore plantada por ela. Além de ir à delegacia, a atriz quer entrar com um processo por danos morais contra o vizinho.

“Eu mesmo plantei na calçada da minha casa e fui acompanhando o crescimento dela, que hoje está parcialmente destruída. Na sexta-feira (25), fui surpreendida por esse gesto cruel. Ele me desrespeitou, além de me atingir financeiramente porque gastei muito dinheiro com essa árvore”, disse.

Fonte: G1

segunda-feira, 28 de julho de 2008

Cerol quase mata Coruja



Coruja tem asa ferida por linha com cerol em MG

Animal foi encontrado pela Polícia de Meio Ambiente e levado para clínica.
Veterinário diz que ele deve ser solto em mata nativa na terça-feira.

Do G1, com informações do Bom Dia Minas

O uso de linha com cerol em pipas é um risco também para as aves. Por pouco, uma coruja não perdeu a asa, no domingo (27), em Contagem (MG).

A ave foi encontrada ferida pela Polícia de Meio Ambiente e levada para uma clínica veterinária que presta serviço voluntário.

Ela estava com um corte na asa direita e recebeu atendimento.

Segundo o veterinário, a coruja deve ser solta na terça-feira (29) em uma área de mata nativa.

quarta-feira, 23 de julho de 2008

Audiência Pública debate as PCHs na bacia do rio Cubatão

O Projeto da PCH Canto do Schuch prevê o desvio do rio e a cachoeira da RPPN Rio das Lontras seria secada. Foto: Fernanda Kock


Implantação de PCHs em Santo Amaro da Imperatriz será tema de audiência pública.
Uma das PCHs tem seu projeto bem em cima da RPPN Rio das Lontras.



A Comissão de Turismo e Meio Ambiente da Assembléia Legislativa vai promover uma audiência pública para discutir a provável instalação de seis Pequenas Centrais Hidrelétricas (PCHs) nos municípios de Águas Mornas e Santo Amaro da Imperatriz.

Preocupadas com os possíveis impactos dos empreendimentos, a comunidades das duas cidades mobilizaram-se contra a recente liberação de licenças emitidas pela Fatma, autorizando a construção.
Lideranças políticas e empresariais questionam também o fato de que o processo de liberação das PCHs ter ocorrido sem o conhecimento e a participação da sociedade local, ferindo uma importante diretriz da Política Nacional de Recursos Hídricos que diz que a gestão deve ser descentralizada e contar com a participação do poder público, dos usuários e das comunidades. O evento começa às 19 horas, no Sindicato de Trabalhadores Rurais de Santo Amaro da Imperatriz.

segunda-feira, 21 de julho de 2008

Brasil e as mudanças climáticas



Brasil é 42º país menos vulnerável a mudanças climáticas, diz consultoria
Da BBC Brasil

O Brasil é o 42º país menos vulnerável ao impacto das mudanças climáticas, de acordo com um ranking preparado pela consultoria de risco britânica Maplecroft.

O Climate Change Vulnerability Index (CCVI) - Índice de Vulnerabilidade à Mudança Climática, em tradução livre - analisou a capacidade de 168 países de suportar e se adaptar aos efeitos das mudança climáticas.

No índice, o Canadá aparece como o país mais preparado para lidar com o problema e, portanto, menos vulnerável, seguido de Irlanda, Noruega, Dinamarca e Suécia.

Uma das surpresas do ranking foi a posição ocupada pelo Uruguai, que é o 9º país menos vulnerável. Os Estados Unidos aparecem em 11º , e o Reino Unido, em 12º.

Entre os países latino-americanos, o Suriname ficou em 24º, o Chile em 29º, e a Argentina em 36º. O país mais vulnerável é Comores, seguido de Somália, Burundi, Iêmen e Níger.

Análise

O CCVI não tenta prever mudanças na ocorrência de desastres naturais - como secas, enchentes e tempestades - ou em ecossistemas em consequência da mudança climática.

Em vez disso, a análise se concentra na "capacidade de indivíduos, comunidades e sociedades de mitigar os riscos" que resultam dessas mudanças na ocorrência de desastres naturais.

Ao analisar a vulnerabilidade de cada país, os autores levaram em conta fatores diversos divididos em seis grupos: economia, recursos naturais e ecossistemas, pobreza, desenvolvimento e saúde, agricultura, população e infra-estrutura e instituições e governo.

A Maplecroft utilizou dados de agências da ONU, do Banco Mundial e da Comissão Européia, entre outras instituições.

Fonte: BBC Brasil

terça-feira, 8 de julho de 2008

PCHs - CACHOEIRAS EM CHEQUE

A construção de mais de 200 PCHs em SC pode fazer cenas como essa serem cada vez mais raras.

Reportagem principal do Jornal Diário Catarinense dessa segunda-feira aborda a questão da construção de seis PCHs (Pequenas Centrais Hidrelétricas) na bacia do rio Cubatão, que margeia a maior Unidade de Conservação de Santa Catarina, o Parque Estadual da Serra do Tabuleiro.

Um desses projetos é bem em cima da RPPN Rio das Lontras. A "idéia" dos investidores é construirem uma barragem e praticamente secar a maior beleza cênica da Reserva, a cachoeira com mais de 60 metros de quedas e desviarem o rio Caldas do Norte (ou Forquilhas) através de um duto rasgando a Mata Atlântica protegida por nós.

Mas não podemos esquecer as outras tantas agressões - muitas vezes até mais graves - e que passam desapercebidas pela maioria das pessoas: o uso absurdo e indiscriminado de agrotóxicos, a caça sempre presente nas matas, o desmatamento a olhos vistos, a poluição sistemática, a falta de um modelo educacional eficaz, o plantio de monoculturas como o pinus e eucaliptos incentivadas pelos órgãos governamentais, a falta de políticas em prol da preservação do meio ambiente.


Moradores, como Carlos Eduardo, que trabalha numa operadora de rafting questionam prejuízo ao turismo ecológico.

Reportagem Especial - Ambiente
Ângela Bastos - DC

Polêmica em torno das usinas

A possível instalação de seis usinas hidrelétricas no Vale das Termas, que abrange os municípios de Santo Amaro da Imperatriz e de Águas Mornas, é motivo de uma reunião hoje à tarde na sede da Fundação do Meio Ambiente (Fatma). No encontro, representantes dos dois municípios da Grande Florianópolis contrários ao empreendimento vão tentar sensibilizar os técnicos da Fatma.

O grupo irá entregar um abaixo-assinado que circula nas duas cidades, apresentar fotografias das faixas espalhadas na região como alerta dos riscos às comunidades que dependem da natureza exuberante e cópia da Lei número 1.898, de 30 de junho de 2008, que trata da proibição da expedição de alvará de licença e de funcionamento de Grandes, Médias e Pequenas Hidrelétricas em Santo Amaro da Imperatriz.

- Sabemos que é a União que concede a autorização para exploração da energia elétrica, mas é o município que deve outorgar causas relacionadas ao solo - observa o vereador Manoel Eugênio Bosle (PSB), autor da lei aprovada na Câmara Municipal de Santo Amaro da Imperatriz.

Em Águas Mornas, onde estão previstas a instalação de três das seis usinas, o Plano Diretor inclui a necessidade de audiências públicas para obras de impacto ambiental.

- A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) toma decisões sem passar pelo crivo dos grupos que formam as bacias hidrográficas. Além disso, quem licencia é a Fatma (Fundação do Meio Ambiente), embora seja a Secretaria de Recursos Hídricos que gerencie os recursos - compara Luis Gonzaga dos Santos, do Comitê Rio Cubatão Sul.

A engenheira Graciela Canton, da Fatma, explica que o processo de tramitação para aquisição da licença prévia que confirmou a viabilidade da instalação das PCHs ocorreu dentro da normalidade. Conforme ela, pelos menos 200 pedidos de licenciamento existem hoje no Estado.

- A atividade é considerada como de energia limpa. Este é um dos fatores que faz com que os órgãos responsáveis pela emissão de licenças não tenham instrumentos para negar as solicitações - diz Graciela.

Além disso, na época, existia um documento da prefeitura com posição favorável. Não havia, até então, manifestação contrária das autoridades e moradores, como ocorre hoje.

Mesmo assim, diz, foram emitidas condicionantes para começar a instalação das usinas, as quais só sairão do papel depois que ser observadas.

Um dos pontos polêmicos envolve a prática de atividades relacionadas ao esporte (rafting e vôo livre) e de turismo. Mas os empreendedores apresentaram como resposta ser possível manter as duas atividades e trouxeram exemplos do que ocorre, por exemplo, no Rio Itajaí-Açu.


Comunidades de Santo Amaro da Imperatriz e Águas Mornas têm receio de que, além do desaparecimento de 180 mil metros de Mata Atlântica, a presença de máquinas e turbinas altere o cotidiano local.


PASSO A PASSO

- Em outubro de 1997 é regulamentada a lei que criou a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) e a União passou a conceder licenças para a iniciativa privada explorar os serviços públicos na área de geração, transmissão, distribuição da energia elétrica em todo o território nacional.
- Em 2001, a Adiplan Incorporadora Ltda, de São Paulo, e seu representante em SC, o engenheiro Hélio Machado dos Santos, demonstram interesse na construção de hidrelétricas no Rio Cubatão, limite com Águas Mornas.
- Um estudo aponta potencial para três usinas no Rio Cubatão e três no Rio Caldas do Norte (também conhecido como Rio Forquilhinha) com potência que varia de 1 Mega Watts e menos de 30 MW. Usinas classificadas como PCHs (Pequenas Centrais Hidrelétricas).
- Em 2004, depois de análises e disputas, a Aneel aceita os seis projetos básicos das PCHs Antonio Munhoz Bonilha, João Eloi, Santo Amaro, Sacramento, Canto do Schulwz e Caldas do Norte.
- Em 2006, a Fatma comunica aos investidores que os Estudos Ambientais Simplificados, protocolados em 2004, precisam ser complementados porque surgiram novas exigências. Estudos foram refeitos pela Empresa SocioAmbiental Consultores Associados.
- Em dezembro de 2007, a Fatma emite Licenças Ambientais Prévias.

Moradores temem impacto ambiental

Os adeptos das práticas esportivas na Bacia do Cubatão reclamam que foram surpreendidos pela notícia da instalação das seis usinas. Uma delas com 22 metros de altura. Para eles, ainda que sejam Pequenas Centrais Hidrelétricas (PCHs), a presença das máquinas e turbinas irá causar impacto ambiental e alterar a vida das comunidades. Estima-se que 180 mil metros de Mata Atlântica irão desaparecer.

Os esportistas temem que atividades desenvolvidas na região como rafting, rapel, trilhas, vôos, expedições nas matas e nas águas dos rios sejam prejudicadas. Outra preocupação é com as águas termais e suas funções terapêuticas, consideradas, segundo pesquisas, como uma das melhores do planeta. Suspeitam que o uso de dinamites para explosão de rochas mexa com as camadas inferiores e provoquem o deslocamento de placas subterrâneas, alterando a qualidade das nascentes.

O movimento Rio Cubatão Vivo lidera as manifestações. Os ativistas defendem que o mesmo faz parte da sustentabilidade de toda Grande Florianópolis, e que já sofre com degradações. A bacia é responsável pelo abastecimento de cerca de 500 mil moradores da região.

- O projeto mostra que trechos dos rios serão secos, outros alagados e que a mata ciliar vai desaparecer em vários pontos - observa Carlos Eduardo, de uma empresa de rafting.

Para Carlos, o famoso Salto do Cubatão, com uma vazão média de 12 metros cúbicos por segundo, irá desaparecer. O mesmo passará a ter um fio de água chamado de vazão sanitária, que corresponde a dois metros cúbicos por segundo.

Dia 23, às 19h, vai ser realizada uma audiência no auditório do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Santo Amaro da Imperatriz. O objetivo, explica Carlos Eduardo, é fazer com que a comunidade possa acompanhar o desenrolar dos processos.

O movimento Rio Cubatão Vivo lidera as manifestações contrárias à instalação das seis hidrelétricas na região.


Usinas vão custar R$ 50 milhões

Hélio João Machado se define parceiro da Adiplan Incorporadora Ltda nos projetos das PCHs dos rios Cubatão do Sul, em Santo Amaro da Imperatriz, e Forquilhas, em Águas Mornas.

Machado, que mora em São José, também na Grande Florianópolis, conta que já foram gastos cerca de R$ 1 milhão (projetos ambientais) e estima custo de R$ 50 milhões para implantação das seis usinas.

- Depois, com as licenças em mãos, vamos em busca dos parceiros. Por enquanto, não coloquei nada do meu bolso e nem é a intenção. A Adiplan tem conhecimento de mercado e conhece bem a realidade - diz.

Conforme Machado, empresas (hotéis, médias indústrias, shoppings, pequenas empresas) poderão comprar a energia das PCHs.

- Não haverá danos ambientais. Nenhuma propriedade será atingida. A pouca mata ciliar que será comida vai ser devolvida através das contrapartidas - argumenta.

O engenheiro assegura que mesmo o rafting também não terá prejuízos.

- A usina de cerca de 22 metros de altura será ancorada por dois lados de rocha maciça - explica.

Ainda de acordo com o profissional, com as seis usinas, a potência será de 14,23 MW, que poderão abastecer cerca de 60 mil habitantes e capaz de gerar 70 empregos fixos por unidade após a implantação.

Fonte: Diário Catarinense / Fotos: Guto Kuerten

sábado, 5 de julho de 2008

Prazo para a humanidade



Humanidade tem 7 anos para estabilizar emissões, diz IPCC

O presidente do Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas (IPCC, em inglês) da Organização das Nações Unidas, Rajendra Pachauri, afirmou que a humanidade tem apenas sete anos para estabilizar as emissões de gases que causam o efeito estufa.

"Temos uma janela de oportunidade de apenas sete anos, pois as emissões terão que chegar ao máximo até 2015 e diminuir depois disso. Não podemos permitir um atraso maior", afirmou. Pachauri disse a ministros da União Européia, que participam de uma reunião de dois dias em Paris, que as tentativas de enfrentar o problema vão fracassar se o bloco não assumir a liderança nas negociações mundiais.

"Se a União Européia não liderar, temo que qualquer tentativa de fazer mudanças e de gerenciar o problema da mudança climática vai desmoronar", disse. "Vocês não conseguirão trazer os Estados Unidos, a América do Norte (para as negociações). Vocês não conseguirão trazer outros países do mundo também."

Limite

A União Européia quer limitar o aquecimento total desde a época pré-industrial a dois graus, objetivo também estabelecido por muitos cientistas.

Pachauri também alertou para esta meta, pois, segundo ele, estão surgindo provas de que a mudança climática está se acelerando mais do que o previsto. Ondas de calor e enchentes estão aumentando e as temperaturas subindo, o que causa o derretimento das geleiras.

Atualmente estão ocorrendo negociações para um novo acordo global que possa substituir o Protocolo de Kyoto, quando seu prazo de vigência for encerrado em 2012.

Em 2007 o IPCC e o ex-vice-presidente dos Estados Unidos Al Gore dividiram o prêmio Nobel da Paz, pelo trabalho de pesquisa e alerta a respeito do aquecimento global.


A pergunta que não quer calar: Quando será que eles vão se tocar?
Fonte: BBC Brasil
Imagens: Web

terça-feira, 1 de julho de 2008

Puma capturado no Paraná

Puma foi capturado por bombeiros e depois foi atendido por veterinários (Foto: Reprodução/TV Paranaense)

Sempre é preocupante quando animais silvestres aparecem em áreas urbanas. Geralmente é um sintoma de que algo vai de muito errado em seu habitat natural.

Puma surpreende moradores de Cambé

Animal foi encontrado na segunda-feira (30) e levado para um hospital veterinário.
Segundo especialistas, ele saiu de mata em busca de comida.

Do G1, em São Paulo, com informações da TV Paranaense

Moradores de um bairro na periferia de Cambé (PR) levaram um susto, na segunda-feira (30), depois de receberem a visita inesperada de um puma com fome e nervoso. Foi uma correria no bairro. “Aqui a gente vê cobra e escorpião, mas é diferente. Quase não vemos isso”, diz uma moradora.

Os bombeiros foram chamados e chegaram depressa para acalmar os moradores e o animal. Três dardos com tranqüilizantes acertaram o animal. Na gaiola, ficou mais fácil identificar o puma que, segundo os bombeiros, é macho e jovem, com cerca de 60 quilos.

Ele foi levado para o hospital veterinário da Universidade Estadual de Londrina e de lá seguiu para um parque ecológico. Segundo especialistas, o animal saiu de uma mata na região em busca de comida.

Brasil é lider em desmatamento


QUE TRISTEZA, BRASIL!


Brasil é líder total em desmatamento, mostra novo estudo

CLAUDIO ANGELO
Editor de Ciência da Folha de S.Paulo

As florestas tropicais do mundo todo encolheram o equivalente a mais de um Estado de São Paulo entre 2000 e 2005. E quase metade dessa destruição aconteceu --onde mais?-- no Brasil.

Os dados são de um estudo americano publicado na edição de hoje da revista "PNAS". Eles mostram que, nesses cinco anos, o país foi campeão de área absoluta desmatada e de velocidade de devastação.

A análise, justiça seja feita, não capturou todo o período no qual o desmatamento esteve em queda no país (entre julho de 2004 e agosto de 2007).

Mesmo assim, com 3,6% de perda na Amazônia em relação ao total de floresta que havia em pé no ano 2000, o país ganhou até da Indonésia --dona da indústria madeireira mais predatória do mundo. Na África, onde a pressão do agronegócio industrial ainda não chegou, a taxa foi de 0,8%.

O estudo, liderado por Mathew Hansen, da Universidade do Estado de Dakota do Sul, contabilizou 272 mil quilômetros quadrados de florestas perdidas na América Latina, na África e no Sudeste Asiático.

A fatia do leão coube ao Arco do Desmatamento brasileiro, em especial Mato Grosso. "Por área, o Brasil responde por 47,8% de toda a derrubada de florestas tropicais, quase quatro vezes mais do que o segundo maior [desmatador], a Indonésia, que tem 12,8% do total", dizem os pesquisadores.

Apesar de sistemas de monitoramento do desmatamento não serem novidade nenhuma para um país como o Brasil, o novo trabalho é um dos primeiros a estipular a área desmatada nesse bioma no mundo todo.

Esse tipo de monitoramento é crucial numa época em que o mundo reconhece a importância do desmatamento como fonte de gases-estufa e que países tropicais pleiteiam receber dinheiro na forma de créditos de carbono por controlá-lo.

"Muitos países não têm sistemas como o do Brasil, então a abordagem pode ser útil na capacitação para monitorar florestas", disse à Folha Ruth DeFries, da Universidade de Maryland, co-autora do estudo.

DeFries e colegas desenvolveram uma metodologia que combina imagens dos satélites Modis (mais rápidos) e Landsat (mais preciso). Em vez de olhar imagem por imagem de país por país, o grupo pegou uma amostra limitada de imagens e extrapolou o desmatamento para regiões vizinhas. "É uma abordagem estatística" diz Carlos Souza Jr., do Imazon (Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia), que já trabalhou com DeFries.

Segundo ele, a correlação encontrada pelo grupo foi "muito boa". Ou seja, a notícia é muito ruim.