segunda-feira, 28 de janeiro de 2008

Adeus Peruíbe!

Dia desses li no jornal que a fortuna pessoal do empresário Eike Batista (mais conhecido na mídia por ser ex-Luma de Oliveira) é 16,6 bilhões de dólares (sim, bilhões). A conta chegou a esses números depois da venda da MMX para a Anglo American, segundo a Revista Exame.

Segundo notícia de ontem no O Estado de São Paulo, "ele quer ser o homem mais rico do mundo, quer ter mais dinheiro que Bill Gates". Leia aqui!

O que pode uma ser humano com uma fortuna desse calibre? Pelo jeito mais. E mais! E mais... Senão vejamos a matéria abaixo:


Grupo de Eike Batista protocola Porto de Peruíbe junto ao Governo de SP

Agora é oficial. O grupo empresarial capitaneado pelo empresário Eike Batista protocolou junto ao Governo de São Paulo o plano de trabalho para a elaboração do Estudo de Impacto Ambiental e do Relatório de Impacto Ambiental (EIA-Rima) do Porto Brasil, projeto polêmico que promete tornar a pacata Peruíbe uma cidade concentradora de diversos tipos de cargas até o final da próxima década.

Peruíbe é conhecida como "Portal da Juréia", precisa falar mais?

O relatório foi elaborado em parceria com a empresa DTA Engenharia. Ficou definido também que, dos vários grupos comandados por Eike Batista, o que vai se envolver diretamente com a construção do Porto Brasil é a LLX Açú Operações Portuárias, braço do grupo EBX que já cuida -- inclusive -- da construção do Porto Açú, no Rio de Janeiro.

O registro desse relatório foi feito junto ao Conselho Estadual do Meio Ambiente (Consema), órgão criado em 1983 pelo então governador Franco Montoro e que serviu de embrião para a formação da Secretaria de Estado do Meio Ambiente. No momento, os dois órgãos são chefiados por Francisco Graziano, que mesmo em 2007 já demonstrou estar de olho nas operações portuárias, ao questionar a antiga diretoria do Porto de Santos sobre os limites da dragagem de aprofundamento no porto santista.


Um porto nessa região? Quem quer isso?

Além de cumprir a parte obrigatória de descrever a cidade de Peruíbe, suas características econômicas e ambientais, o plano de trabalho elaborado por LLX e DTA Engenharia traz também algumas revelações e outros pontos de interrogação. Justamente por não precisar se ater a esse fato, o investimento total previsto para o Porto Brasil foi definido em pouco mais de R$ 4 bilhões, mas em nenhum momento surge a explicação de onde sairá tanto dinheiro.

Entretanto, alguns pontos antes obscuros tornam-se mais claros para os interessados no projeto. A área comprada é, oficialmente, de 24 milhões de metros quadrados, tanto para a atividade portuária em si quanto para a construção do Complexo Industrial Taniguá, nome oficial para toda a retroárea que ficará atrás da faixa de mar.

Ainda de acordo com o relatório, o Complexo Industrial Taniguá será dedicado às seguintes atividades industriais: automobilística, elétrica, centros de distribuição, pátio para contêineres vazios, centros de pesquisa, fabricação de pré-moldados de concreto, fabricação de máquinas e equipamentos, além de processamento de carnes e de alimentos em geral.

O que quer o Tio Patinhas? Ops, Eike Batista?

E para ligar tudo isso ao mercado consumidor de São Paulo, maior centro comercial do Brasil, a rodovia escolhida pela LLX como rota preferencial é a Pedro Taques. O grupo de Eike Batista também pretende convencer a concessionária ALL a reativar, no modal ferroviário, a linha férrea Santos-Cajati, que ligaria novamente a Baixada Santista ao Litoral Sul e Vale do Ribeira de São Paulo e escoaria boa parte do que fosse produzido.

O relatório também confirma a pretensão de se construir uma ilha artificial para a atracação de navios, a cerca de três quilômetros da costa, onde o calado chega a 17,5 metros, ideal para a chegada de grandes navios, hoje impedidos de entrar nos maiores portos brasileiros por estes sofrerem com os impactos ambientais provocados pela dragagem de aprofundamento, necessária porém não executada.
O Porto Brasil irá trabalhar com as seguintes mercadorias: minério de ferro, soja, açúcar, líquidos a granel, fertilizantes e, claro, contêineres, símbolos da moderna atividade portuária. Na parte de líquidos, os técnicos da DTA Engenharia precisam que, em um primeiro momento, somente o álcool será manuseado em Peruíbe. Já a ilha artificial onde os navios atracarão será ligada ao continente por duas pistas rodoviárias, esteiras para transporte de produtos agrícolas e minério de ferro, além de rampas e dutos de álcool.

Contrapartidas

A LLX compromete-se, inclusive, a trabalhar no desenvolvimento de atividades de suporte ao complexo, além de investimentos nas áreas comunitárias e recreativas, com reciclagem de resíduos industriais, incentivo a atividades de lazer e cursos profissionalizantes, para capacitação da mão-de-obra peruibense. Tudo isso deve sair do papel em até 35 meses, a partir do momento em que a licença prévia for emitida pelo Governo de São Paulo.

Na parte de meio ambiente, o plano de trabalho explica que o Porto Brasil será instalado em área com mata de planície, mata Atlântica, restinga e manguezais. Em nenhuma linha os sambaquis de até nove mil anos presentes na área são citados, assim como a reserva indígena Piaçaguera. Agora, resta esperar a entrega do EIA-Rima para saber se todos os impactos ambientais serão, realmente, citados pela empresa LLX. O trabalho será coordenado pelo engenheiro civil João Acácio Gomes de Oliveira Neto, também responsável pelos estudos que garantiram a instalação do Terminal Exportador de Veículos (TEV) do Porto de Santos, em atividade há pouco mais de um ano.

Então tá! Acreditei em tudo!

4 comentários:

Plínio disse...

Parabéns Fernando e Christiane,
A mongue vem lutando para impedir a construção deste porto. É bom ver que podemos ter apoio em outras partes do Brasil. O poder público municipal está completamente apaixonado por esta loucura, a ponto de propor alteração no Plano diretor sem ao menos conhecer o projeto. Para ver nossos caminhos acesse:
Acesse www.mongue.org.br/blongue

Anônimo disse...

Nós cidadões de peruibe queremos o porto, a petrobras e todo desenvolvimento para a região.
nós queremos, a prefeitura quer, as associações querem, o governo de sp quer, e o governo federal precisa.
E PARA OS ECOXATOS: bye

Cevtro Imobiliário de Peruíbe disse...

O "Porto" na cidade vai trazer desenvolvimento, entre muitas outras coisas boas.
Mas também traz com ele a destruição da área verde no local da construção, o que prejudica (e muito) a cidade.
O Porto vindo para a cidade também trará com ele outras coisas ruins. Quem conhece área de porto em outras cidades pode confirmar o que eu digo.



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Mais de 2000 oportunidades pra você realizar o sonho da casa própria na cidade de Peruíbe.

MSérgio! disse...

...ao Anonimo e aos demais mercenarios de Peruibe e região: BYE
EIKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKE!