terça-feira, 8 de setembro de 2009

REPRESA DE USINA CAUSA TREMOR DE TERRA



REPRESA DE USINA HIDRELÉTRICA CAUSA TREMOR DE TERRA NO VALE DO PARAÍBA

IPT confirma ocorrência de tremor em Paraibuna (SP)

Os moradores das cidades de Paraibuna (a 124 km de SP) e Jambeiro (a 120 km de SP) ficaram assustados com o registro de tremores de terra, na noite do último domingo (6). De acordo com a Defesa Civil Estadual, em Paraibuna o tremor durou cerca de 3 segundos. Já em Jambeiro, o abalo durou no máximo 5 segundos, de acordo com os moradores da cidade.

"Parecia uma onda passando por debaixo da terra. Ouvi um barulho e depois um tremor", contou Ana Elisa Martins, funcionária da Prefeitura de Jambeiro.

A Cesp (Companhia Energética de São Paulo), responsável pela represa em Paraibuna, possui um sismógrafo que mede a frequência dos tremores e enviou os dados ao IPT (Instituto de Pesquisas Tecnológicas).

Segundo Paulo Martini, geólogo do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais), é comum a ocorrência de tremores em Paraibuna, já que a região topográfica da cidade está numa área bem acidentada. "Os tremores são considerados frequentes, pois a represa está situada numa área de muitas fraturas geológicas".

Ainda de acordo com o geólogo, quando o volume de água da represa aumenta, provoca tensão nas rochas, que causam os tremores de fraca intensidade. No entanto, Martini diz que a população não precisa se preocupar, já que não existe risco de rompimento da represa com os abalos sísmicos.

IPT divulgou laudo nesta terça-feira:

O Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT) de São Paulo confirmou a ocorrência de um tremor no município de Paraibuna (a 124 km da capital), percebido também em Jambeiro (SP), por volta das 21h do último domingo (6).

O sismo alcançou 3,4 graus na escala Richter, que vai até 9 graus, segundo laudo do IPT. Em 1977, um tremor da mesma magnitude foi registrado em Paraibuna pelo instituto.

O provável epicentro do sismo foi na área do reservatório da Usina Hidrelétrica Paraibuna, de propriedade da Cesp (Companhia Energética de São Paulo). O relatório do IPT sobre o abalo foi elaborado com base em dados da estação sismológica que fica a 15 km da Usina Paraibuna. A estação integra a rede para medir abalos sísmicos do Estado de São Paulo.

De acordo com a Cesp, a usina, bem como os equipamentos, diques e a barragem não sofreram danos e operam normalmente. Moradores relataram que o tremor teria durado entre três e cinco segundos.

Em abril do ano passado, moradores do Vale do Paraíba e do litoral norte também se assustaram com um tremor, que chegou a 5,2 na escala Richter e foi sentido em várias regiões do país.

Um comentário:

Anônimo disse...

Tenho 35 anos, cresci ouvindo se a represa de Paraibuna romper, a cidade de São José dos Campos vai acabar, gostaria de saber se isso é verdade! Pois moro em um condominio, próximo ao Rio Paraíba. Isso é possível? O que realmente pode acontecer se a represa romper? Vocês tem algum método de prevenção para avisar a população, para que não ocorra uma catrastofe?
Mais cidades podem ser atingidas?
Gostaria de uma resposta.
Obrigada!

Kátia