sexta-feira, 30 de outubro de 2009

CARTA AO CONGRESSO




Carta de diversas Instituições denunciam o ataque as Leis ambientais do país:


A Câmara dos Deputados instalou recentemente uma Comissão Especial criada para analisar as propostas de alteração do Código Florestal, incluindo o projeto de Lei de Código Ambiental de autoria do presidente da Frente Parlamentar Ruralista e que pretende revogar e alterar as principais leis ambientais brasileiras: lei de crimes ambientais, Código Florestal, lei do Sistema Nacional de Unidades de Conservação e lei da Política Nacional de Meio Ambiente.

O processo de instalação dessa Comissão, que levou a uma composição notoriamente tendenciosa, formada por maioria de membros da bancada ruralista e que, portanto, não representa a diversidade de setores da sociedade brasileira interessada na sustentabilidade do nosso desenvolvimento, aponta para intenções retrógradas de eliminar direitos e flexibilizar garantias socioambientais conquistadas ao longo dos últimos 21 anos de vigência da Constituição Federal brasileira de 1988.

Nos últimos meses o governo brasileiro e o Congresso Nacional tomaram decisões temerárias sobre a legislação ambiental. A revogação da legislação da década de 1990 que protegia as cavernas brasileiras; a aprovação da MP 458 que incentivou a grilagem de terras, a concentração fundiária e o avanço do desmatamento ilegal na Amazônia; a edição do Decreto 6848, que, ao estipular um teto para a compensação ambiental de grandes empreendimentos, contraria decisão do Supremo Tribunal Federal, que vincula o pagamento ao grau dos impactos ambientais.

Além disso, o governo brasileiro tem negligenciado a política ambiental, mantendo paralisados na Casa Civil da Presidência da República várias propostas de criação de unidades de conservação.

As organizações da sociedade brasileira abaixo assinadas denunciam esse ataque à legislação ambiental. É inaceitável que às vésperas da reunião da Convenção de Clima, em Copenhague, momento em que o Brasil discute compromissos de redução do desmatamento, e das emissões de gases causadores do efeito estufa, o Congresso Nacional tente promover retrocessos na legislação ambiental.

Os compromissos de redução de desmatamento que o Brasil assumiu não serão alcançados e as áreas hoje ambientalmente comprometidas jamais serão recuperadas se o marco regulatório existente for desconfigurado, como propõe a Bancada Ruralista com a conivência e o apoio da base do Governo no Congresso Nacional.

Fórum Brasileiro de ONGs e Movimentos Sociais para o Meio Ambiente e o Desenvolvimento Sustentável – FBOMS
Instituto Ethos de Empresas e Responsabilidade Social
Grupo de Trabalho Amazônico - GTA
Rede de ONGs da Mata Atlântica - RMA
Fórum Carajás
Assembléia Permanente de Entidades em Defesa do Meio Ambiente do Estado do Rio de Janeiro – APEDEMA-RJ
Amigos da Terra - Amazônia Brasileira
Associação Alternativa Terrazul
Associação de Preservação do Meio Ambiente e da Vida - APREMAVI
Associação de Proteção ao Meio Ambiente - APROMAC
Centro de Estudos Ambientais – CEA
Ecologia & Ação – ECOA
Fundação SOS Mata Atlântica
Fundação Vitória Amazônica - FVA
Greenpeace
Grupo Ambientalista da Bahia - GAMBA
Grupo de Defesa e promoção Socioambiental - GERMEN
Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor – IDEC
Instituto Centro Vida – ICV
Instituto de Estudos Socioeconômicos – INESC
Instituto de Manejo e Certificação Florestal e Agrícola - IMAFLORA
Instituto do Homem e do Meio Ambiente da Amazônia - IMAZON
Instituto Ipanema
Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia - IPAM
Instituto Socioambiental - ISA
Instituto Socioambiental da Baía da Ilha Grande - ISABI
4 Cantos do Mundo
Mater Natura - Instituto de Estudos Ambientais
Movimento pela Despoluição, Conservação e Revitalização do Rio do Antônio - MODERA
Programa da Terra - PROTER
TNC
WWF Brasil
Vitae Civilis - Instituto para o Desnvolvimento, Meio Ambiente e Paz.


CACHOEIRAS VIVAS


Cachoeira da RPPN rio das Lontras, uma das mais de duzentas em Santa Catarina que podem secar para a construção de Pequenas Centrais Hidrelétricas.


Grupo protesta contra barragens

Entidade que reúne 67 cidades paulistas quer que o governo suspenda incentivos a hidrelétricas em rios com potencial turístico.

José Maria Tomazela, SOROCABA

A Associação das Prefeituras de Cidades Estâncias do Estado de São Paulo (Aprecesp) quer proibir a instalação de hidrelétricas em rios com potencial turístico nas 67 cidades que a integram. Em documento apresentado na Câmara dos Deputados, o presidente da Aprecesp e prefeito de Itu, Herculano Passos Júnior (PV), argumentou que os empreendimentos causam impactos negativos ao meio ambiente e ao turismo. Ele quer que o governo federal suspenda os incentivos a essas obras.

Passos anunciou a adesão da entidade ao Projeto Cachoeiras Vivas, iniciado por municípios do leste paulista e do sul de Minas contra a instalação de hidrelétricas em rios com corredeiras. O projeto foi criado em oposição ao plano de um grupo de empresas goianas de construir cinco pequenas usinas em rios que passam por Socorro, cidade paulista, e Tocos do Moji, Bueno Brandão e Munhoz, em Minas.

O presidente da Aprecesp havia se posicionado contra a construção de duas hidrelétricas no Rio Tietê, entre Itu e Cabreúva. Disse que a oposição, encampada pela cidade de Salto pode ter levado os empreendedores a desistirem.

O Cachoeiras Vivas, criado em agosto, colheu mais de 12 mil adesões. As pequenas centrais hidrelétricas recebem incentivos do governo federal por provocarem baixo impacto no meio ambiente, mas preocupam os ambientalistas, pois estão livres de licenciamento ambiental mais detalhado e das audiências públicas com as comunidades locais. De acordo com o prefeito de Itu, o movimento não é contra a geração de energia, mas a população não quer ver o fim de suas belezas naturais. O Cachoeiras Vivas inventariou pelo menos 15 atrativos turísticos, entre eles uma dezena de saltos e cascatas, que seriam afetados pelas usinas.

segunda-feira, 26 de outubro de 2009

MATANÇA DE FOCAS


Ativista da ONG Pessoas pelo Tratamento Ético dos Animais (Peta, na sigla em inglês), protesta em frente à Embaixada do Canadá em Bancoc, na Tailândia. A manifestação pede o fim da tradicional caça à foca no Canadá - Chaiwat Subprasom/Reuters


domingo, 18 de outubro de 2009

AMIGOS DO MEIO AMBIENTE




Green Lifestyle

Atitudes ecológicas e preocupação com o bem-estar. O duo é a bandeira dos ecofriends, os amigos do meio ambiente. Embarque você também nessa onda verde...

Sabe aquela história que você ouvia da sua mãe quando era criança? “Cuide melhor das coisas dos outros do que das suas, minha filha”. Essa é a melhor teoria que podemos usar para falar da nossa responsabilidade com o meio ambiente.

Água, ar, plantas, seres vivos. Tudo está à nossa disposição por um mero empréstimo, então a máxima “use com moderação” é a mais válida neste caso, sempre seguindo o conselho materno, que é o mais certeiro.

Seguindo este conceito, cada vez mais cientes do seu compromisso com o planeta, uma nova onda (felizmente!) está invadindo vários setores sociais. Da moda à tecnologia, os chamados ecofriends estão dominando o mundo e seguindo fundamentos que a natureza só tende a agradecer.

A nutricionista Flaviani Andrade de Lara, 25 anos, é uma dessas pessoas que se preocupa com os impactos que causa para o ambiente e às vidas que estão à sua volta. “Procuro levar uma rotina consciente de todas as coisas que faço, desde o trabalho que desenvolvo, produzindo alimentos à base de ingredientes orgânicos, até cada vez que preciso usar o carro para fazer uma entrega”, explica.

Assim como a curitibana, a jornalista Marcela Mattos também se preocupa quando precisa sair motorizada e evita sempre que pode. “Evito usar o carro ao máximo, só uso quando vou viajar ou quando está chovendo e estou atrasada. No dia a dia uso sempre a bicicleta e tento influenciar as pessoas com quem convivo a fazer o mesmo”, conta a santista.

São pequenas atitudes como essas que destacam tais personalidades “verdes”. A consciência acompanha as nossas duas “garotas-modelo”, que mostram ser perfeitamente possível empregar a consciência ecológica ao estilo de vida. “Tento usar sempre produtos que não são testados em animais, não uso couro e sempre dou preferência a tecidos naturais”, diz Marcela.

A reciclagem é outro ponto apontado pelas duas. Ambas separam o lixo doméstico, algo que é acessível a qualquer pessoa, basta um pouco de boa vontade. Muitas cidades brasileiras já dispõem até mesmo de coleta seletiva domiciliar, o que também é feito por redes de supermercado. “Utilizo sempre papel reciclado para os meus estudos e para a empresa”, conta Flaviani.

Mais do que um estilo, esse é um dever que não deve ser apenas uma moda, mas uma verdade. “Temos que trabalhar arduamente a consciência de todos à nossa volta, e mesmo assim vai ser pouco, porque enquanto as empresas e os governos não se empenharem de verdade, nunca vai haver uma real mudança”, opina Marcela.

A curitibana compartilha o pensamento e ainda completa. “As pessoas precisam ter consciência de que a natureza não é algo a ser domado, conquistado pelo ser humano. Somos seres tão interdependentes quanto os insetos, por exemplo. Tudo tem uma extrema importância”.

Quer entrar nessa? As opções são inúmeras!

Basta querer adotar uma postura ecológica para usufruir das opções que o mercado oferece. E quando falamos em mercado, a abrangência é mais do que ampla. Abordamos gastronomia, decoração, moda, beleza, tecnologia, serviços.

Provando que nada é dispensável, a JRJ Tecidos é uma das empresas que segue a linha eco ao lançar bolsas fabricadas com lona reciclada, as mesmas usadas por caminhoneiros, e Sac da Café, uma juta utilizada nas sacas desses grãos. Seguindo na moda, a marca Éden sustenta o selo de “primeira marca de moda 100% orgânica” do país. De cabides de bambu ao algodão orgânico das roupas, tudo é mais do que ecológico, inclusive o material de demolição usado na reforma da loja, que fica na Vila Madalena, em São Paulo.

A rede de decoração carioca Velha Bahia é outra empresa que aposta na linha verde. O fio de garrafa pet reciclada é a matéria-prima para a cobertura de sofás e poltronas, que ainda apresentam opções em juta e outras fibras da Amazônia.

O consumo excessivo de água na hora do banho é outra preocupação importante e alguém já pensou nisso também. A Metalbagno Spazi lançou o Ecosmart 85, um chuveiro que “injeta” ar dentro das gotas de água e você consome seis litros por banho, mas tem a sensação de 18 litros.

A francesa Veuve Clicquot também mostra a sua preocupação ao apresentar a nova embalagem dos seus champagnes, que agora são produzidas apenas com papel, sem colas e lâminas plásticas.

E quando parece que todas as possibilidades estão esgotadas, chega a tecnologia e nos surpreende. Recentemente, foi lançado na Espanha o iUnika Gyy, um minicomputador produzido com plástico biodegradável (amido, farinha e celulose), que pesa apenas 700 g, tem bateria solar e comporta tudo o que um notebook comporta. E quem pensa que o preço será absurdo, bobagem! Apenas 130 euros (cerca de 370 reais). Ou seja, atitude ecologicamente correta é também sinônimo de economia no bolso, consciência e andar na moda. Dá ou não dá gosto em ser ecologicamente engajada?





Os famosos investiram nessa

BONO VOX: Mais do que engajado em causas sociais, agora o líder da banda irlandesa U2 investe em moda, mas uma moda ecologicamente correta. Ao lado de sua mulher, Ali Hewson, e do designer americano Rogan Gregory, Bono lançou a Edun (nude ao contrário, que significa nu, em inglês). A marca ficou conhecida pela linha feita com 61% de material orgânico e com estampas que remetem a lugares da África. Visando o desenvolvimento de comunidades carentes de países como África e Índia, a Edun emprega mão-de-obra destas regiões, por isso não possui fábrica própria. www.edunonline.com

STELLA MCCARTNEY: Filha do beatle Paul, a moça é conhecida pelo seu engajamento ecológico. Vegan e ativista do Peta, a estilista pulou da moda para a beleza e acaba de lançar uma série de cosméticos orgânicos que não são testados em animais e não possuem ingredientes modificados geneticamente. A Care é uma linha de produtos para o rosto com sabonetes cremosos, tônicos, hidratantes e fluídos nutritivos. Certificados pela ECOCERT, os cremes ainda vêm em embalagens sustentáveis produzidas com material reciclado. www.stellamccartneycare.com

MOBY: Mais do que dono de hits das mais descoladas pistas, Moby é um exemplo quando o assunto é vida saudável. O casal possui um café mais do que aconchegante, com um menu delicioso, que acaba com o mito de que comida vegetariana é ruim.

Por Ana Claudia Sniesko
Fonte: Revista Uma/Ed. 105
Fotos: Símbolo Imagens e Getty Images


sábado, 10 de outubro de 2009

MARINA SILVA PREMIADA



A senadora Marina Silva (PV-AC), ex-ministra do Meio Ambiente e provável candidata à Presidência em 2010, recebe neste sábado em Mônaco o prêmio Mudanças Climáticas, oferecido pela Fundação Príncipe Albert 2º de Mônaco.

A iniciativa premia pessoas e instituições por atuarem em favor do meio ambiente e do desenvolvimento sustentável. O prêmio considera ações e iniciativas em três eixos: mudança climática, preservação da biodiversidade e acesso à água, além da luta contra a desertificação.

A senadora vai receber 40 mil euros, além da homenagem com o troféu, que será entregue pelo Príncipe Albert 2º.

É o quinto prêmio que a senadora recebe desde 2008, quando deixou o Ministério do Meio Ambiente por discordar de algumas diretrizes da política ambiental do governo. O mais recente foi em maio deste ano, o Prêmio Sofia 2009, concedido anualmente pela Fundação Sofia a pessoas e organizações que se destacam nas áreas ambientais e de desenvolvimento sustentável.

quarta-feira, 7 de outubro de 2009

PROTESTO PETA

Com os corpos cobertos por pintura imitando pele de cobra, ativistas do Peta protestam em Londres, Reino Unido, contra o uso de pele de animais exóticos em artigos como bolsas e sapatos. Cartaz que uma das manifestantes carrega diz "NÃO MATE PELA NOSSA PELE" Andy Rain/Efe



sexta-feira, 2 de outubro de 2009

"HERÓI DO AMBIENTE"

Márcio Santilli, que idealizou redução compensada de emissões por desmatamento / Bruno Miranda/Folha Imagem


Brasileiro é um dos heróis ambientais do ano, diz "Time"


O indigenista brasileiro Márcio Santilli, 53, foi escolhido pela revista americana "Time" um dos 38 "heróis do ambiente" do ano de 2009.

Ex-deputado constituinte, ex-presidente da Funai e coordenador do ISA (Instituto Socioambiental), Santilli foi um dos idealizadores da chamada redução compensada de emissões por desmatamento, o embrião do Fundo Amazônia.

"Santilli raciocinou que as nações que reduzirem sua taxa de desmatamento abaixo da média histórica poderiam receber compensação através de certificados de emissões comercializáveis no mercado de carbono.

A compensação viria após 2012, e só quando as reduções forem confirmadas por meio de imagens de satélite", afirma a revista.

Isso poderia ao mesmo tempo limitar a perda de florestas tropicais e garantir que os habitantes dessas regiões sejam compensados pelos países ricos por deixar a mata em pé.

Na mesma categoria do brasileiro, a de "líderes e visionários", foram contemplados o ministro do Ambiente da Noruega, Erik Solheim, e o secretário de Energia dos EUA, Steven Chu.

Os moradores de Vauban, subúrbio da cidade alemã de Freiburg, receberam o título na categoria "inovadores" por terem parado de usar carros.

Fonte: Folha Online