Um dos maiores temores de um proprietário de RPPN é o fogo. Em questão de horas é capaz de anos de esforços nos cuidados de sua Unidade de Conservação serem literalmente queimados. E o que é pior, de maneira criminosa.
O padre Edilberto Alves de Oliveira, da RPPN Cabanos, no Agreste Pernambucano, pensou em preservar a memória da família: "Herdei dos meus antepassados o espírito de preservação", afirma o jesuíta, que criou a reserva em 2002 no município de Altinhos, distante 160 km do Recife.
No dia 02 de novembro, ele conta que no começo da tarde a RPPN Cabanos sofreu o mais brutal, cruel e criminoso incendio de sua história. Mesmo sendo uma pequena RPPN (6 hectares), cerca do 50% de sua área foi queimada.
Matéria abaixo mostra mais um caso desse grave problema e que merece toda a atenção das Instituições competentes, principalmente na ação preventiva e no rigor da Lei para com os criminosos.
Incêndio consome reserva ambiental
GENERAL SAMPAIO (16/10/2007)
Somente ontem, o fogo que estava causando incêndio na Unidade de Conservação Ambientalista Franci Nunes, que é uma Reserva Particular do Patrimônio Natural (RPPN), foi controlado. O problema iniciou no último dia 4. A reserva, localizada no município de General Sampaio, tem em torno de 200 hectares e, com esta ocorrência, foram queimados em torno de 80.
O proprietário da RPPN, Franci Nunes, contou que o fogo só foi controlado por volta das 13 horas de domingo. “Em torno das 16 horas surgiu foco novamente, mas tudo indica que, graças a Deus, acabou. Foi uma batalha árdua, difícil, mas conseguimos”.
De acordo com a gerente administrativa da Associação Ambiental Franci Nunes (administradora do local), Kelma Nunes, a comunidade se mobilizou para resolver a situação, mas o acesso é difícil. “Mesmo assim, contamos, também, com a ajuda dos bombeiros e, ainda, do PrevFogo, do Ibama, que trabalhou até domingo, tiveram boa vontade, mesmo tendo que enfrentar dificuldades, já que os recursos são poucos e sem recurso não se faz nada e o fogo não espera”.
Outros incidentes
Nunes informou que já aconteceram outros incêndios. “No primeiro, foram atingidos mais de 100 hectares, no segundo 36 e no terceiro foram perdidos cerca de 50 hectares”. Como causa do incêndio, tanto Nunes quanto Kelma apontam o trabalho ilegal de caçadores. “Existem várias dificuldades, falta de recursos, falta de água e, também, os caçadores, causadores do fogo”, comentou o proprietário da reserva.
Fonte: Diário do Nordeste
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