Meus primeiros e inesquecíveis contatos com o mar e toda a magia do litoral foi em Caraguatatuba, Ubatuba e Bertioga.
Agora há a posibilidade real dessas áreas que conheci se transformarem de maneira radical por consequência do aquecimento global e da irresponsabilidade humana.
A informação foi divulgada no VIVA A MATA 2008, evento realizado no Parque Ibirapuera, em São Paulo, onde a RPPN Rio das Lontras participa no estande temático das RPPNs.
Com avanço do mar, Caraguá será ilha em 2100, diz estudo
MARIANA BARROS
da Folha de S.Paulo
O município de Caraguatatuba, no litoral norte de São Paulo, pode se resumir a uma ilha em 2100. O prognóstico foi apresentado durante o Viva a Mata, evento da ONG SOS Mata Atlântica que começou ontem e vai até domingo, no parque Ibirapuera (zona sul).
Pesquisadores simularam em mapas possíveis elevações do nível dos oceanos nos próximos séculos, provocadas por mudanças climáticas como o aquecimento global.
"Previsões mais conservadoras indicam uma elevação do nível do oceano de 66 cm em 2100; outras, mais apocalípticas, prevêem um aumento de até seis metros", afirma Eduardo Reis Rosa, da empresa de geoprocessamento ArcPlan, um dos autores do estudo.
Se a simulação de seis metros parece alarmista demais, é preciso considerar que a de 66 cm é a mínima elevação prevista.
Planícies
A simulação foi feita nos municípios de Caraguatatuba, em São Paulo, e Niterói, no Rio de Janeiro, por serem áreas de planície litorânea. Também está em andamento um estudo semelhante sobre Iguape.
Em Caraguatatuba, cerca de 60% da área de praia ficará submersa se o oceano subir apenas 66 cm. Caso a elevação chegue a seis metros, mais de 16 quilômetros quadrados de área urbana e 0,2 quilômetros quadrados de mata atlântica serão inundados --apenas a parte central da cidade ficará acima do nível da água. O estudo abrange 320 km2 dos 484 quilômetros quadrados do município.
Já Niterói ganhará cara de Veneza se o mar avançar por ruas e avenidas; 0,6 km2 de vias será engolido pela água se o mar subir seis metros, assim como 0,04 quilômetros quadrados de árvores da mata atlântica. Com um avanço de 66 cm, 0,05 km2 de praia ficará debaixo d'água. A área de abrangência do estudo é de 13,6 quilômetros quadrados dos 129 quilômetros quadrados do município.
Segundo os pesquisadores, que usaram imagens feitas a partir de 1973 para compreender a dinâmica dessas cidades, é preciso considerar esses cenários nas ações de planejamento municipal e zoneamento ambiental dessas regiões.
Com avanço do mar, Caraguá será ilha em 2100, diz estudo
MARIANA BARROS
da Folha de S.Paulo
O município de Caraguatatuba, no litoral norte de São Paulo, pode se resumir a uma ilha em 2100. O prognóstico foi apresentado durante o Viva a Mata, evento da ONG SOS Mata Atlântica que começou ontem e vai até domingo, no parque Ibirapuera (zona sul).
Pesquisadores simularam em mapas possíveis elevações do nível dos oceanos nos próximos séculos, provocadas por mudanças climáticas como o aquecimento global.
"Previsões mais conservadoras indicam uma elevação do nível do oceano de 66 cm em 2100; outras, mais apocalípticas, prevêem um aumento de até seis metros", afirma Eduardo Reis Rosa, da empresa de geoprocessamento ArcPlan, um dos autores do estudo.
Se a simulação de seis metros parece alarmista demais, é preciso considerar que a de 66 cm é a mínima elevação prevista.
Planícies
A simulação foi feita nos municípios de Caraguatatuba, em São Paulo, e Niterói, no Rio de Janeiro, por serem áreas de planície litorânea. Também está em andamento um estudo semelhante sobre Iguape.
Em Caraguatatuba, cerca de 60% da área de praia ficará submersa se o oceano subir apenas 66 cm. Caso a elevação chegue a seis metros, mais de 16 quilômetros quadrados de área urbana e 0,2 quilômetros quadrados de mata atlântica serão inundados --apenas a parte central da cidade ficará acima do nível da água. O estudo abrange 320 km2 dos 484 quilômetros quadrados do município.
Já Niterói ganhará cara de Veneza se o mar avançar por ruas e avenidas; 0,6 km2 de vias será engolido pela água se o mar subir seis metros, assim como 0,04 quilômetros quadrados de árvores da mata atlântica. Com um avanço de 66 cm, 0,05 km2 de praia ficará debaixo d'água. A área de abrangência do estudo é de 13,6 quilômetros quadrados dos 129 quilômetros quadrados do município.
Segundo os pesquisadores, que usaram imagens feitas a partir de 1973 para compreender a dinâmica dessas cidades, é preciso considerar esses cenários nas ações de planejamento municipal e zoneamento ambiental dessas regiões.
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